Foto: Beto Albert
O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (16), que o horário de verão não será retomado neste ano. A decisão ocorreu durante uma reunião que avaliou os impactos econômicos e energéticos da medida. Conforme o governo, o benefício econômico da mudança de horário não é significativo para sua adoção, sendo mantido o horário convencional em todo o país. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia dito anteriormente que a medida só seria adotada se fosse "estritamente necessária".
– Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025 – afirmou o ministro.
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A discussão sobre o retorno ou não do horário de verão iniciou há cerca de um mês e levou em conta a falta de chuva no país. Com a seca em regiões, como o Sudeste e o Centro-Oeste, a medida foi levantada como uma opção para diminuir a sobrecarga do sistema energético e diminuir o impacto nos reservatórios.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) havia apresentado na terça-feira (15) dados complementares sobre a possibilidade de adiantar os relógios em uma hora. No relatório anterior, entregue ao governo ainda em setembro, o ONS recomendou a mudança temporária no fuso horário como medida de economia financeira. A economia em 2024 poderia chegar a R$ 400 milhões. Apesar disso, a pasta avalia que houve melhora no cenário das chuvas e dos reservatórios de hidrelétricas, evitando o adiantamento dos relógios ainda em 2024.
– É importante que o horário de verão seja sempre considerado, ele não pode ser fruto de uma avaliação apenas dogmática ou de cunho político. É uma política que tem reflexos tanto positivos quanto negativos no setor elétrico e na economia, portanto deve sempre estar na mesa para uma avaliação precisa do governo federal – informou.
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